Numa altura em que os mercados parecem estar lá em baixo, a confiança é o melhor investimento. Na Golden SGF pode tê-la porque, para além dos 36 anos de experiência, dos PPR com maior rentabilidade nos últimos 12 meses (*), os dois primeiros são os nossos PPR Golden SGF Poupança Ativa e PPR Golden SGF Poupança Dinâmica. Por isso, não olhe para baixo e atire-se a uma boa poupança com a Golden SGF, porque de Poupança Sabemos nós.

Gestão ativa numa solução com ETFs? Mas porquê?

Os ETFs são vistos como uma forma simples e eficiente de começar uma estratégia de investimento diversificada, graças à sua natureza de gestão passiva. Mas, será que confiar apenas na dinâmica do mercado é a melhor decisão?

A gestão ativa realizada por uma equipa especializada pode fazer a diferença em momentos de alta volatilidade, como o exemplificamos neste artigo. Pode um PPR passivo reagir ao mercado? Vamos descobrir.

Os ETFs têm-se tornado uma das soluções de investimento mais populares entre os jovens investidores, graças aos seus baixos custos operacionais e à facilidade de gestão. No entanto, confiar apenas nos movimentos do mercado e na aparente gestão “automática” pode não ser suficiente, especialmente em momentos de grande instabilidade. É aqui que entra a gestão ativa, e o PPR Golden SGF ETF é um excelente exemplo.

Embora o PPR seja composto por ETFs, isto não significa que não haja decisões ativas. Pelo contrário, a nossa solução, que junta a poupança de um PPR com a exposição ao mercado através de ETFs, tem uma gestão ativa na tomada de decisões estratégicas, de forma a manter o equilíbrio da carteira a longo prazo. Ou seja, mesmo sendo baseado em ETFs — que oferecem vantagens como diversificação, liquidez e baixo custo —, a alocação de ativos e os ajustes estratégicos continuam a ser feitos de forma ativa pela nossa equipa, tendo em conta os movimentos dos mercados financeiros.

Caso Prático – O dólar mexeu, e a Golden SGF já estava pronta

Gestão ativa numa solução com ETFs Mas porquê
Evolução Eur/USD desde maio de 2024, até abril de 2025 | Fonte Bloomberg
Evolução Eur/USD desde o início do ano | Fonte Bloomberg

Recentemente, fomos questionados sobre o motivo de estarmos a incluir no PPR Golden SGF ETF um ETF que segue o mercado global de ações, mas com cobertura cambial (o iShares MSCI World UCITS ETF EUR Hedged), em vez de reforçar o fundo global tradicional (iShares Core World UCITS ETF), que tem comissões um pouco mais baixas.

Evolução dos ETFs desde maio de 2024 até abril de 2025 | Fonte: Bloomberg
Evolução dos ETFs nos últimos 4 meses | Fonte: Bloomberg

À primeira vista, a opção poderia parecer menos eficiente, mas a escolha foi tudo menos aleatória. Na altura, a equipa de investimentos da Golden SGF tinha uma visão pouco positiva em relação ao dólar americano. Como grande parte do ETF tradicional (cerca de 70%) está exposta ao dólar, a nossa equipa quis reduzir esse risco, sem comprometer a exposição aos mercados globais. Assim, optou-se por um ETF semelhante, mas com cobertura cambial — ou seja, um ETF que protege contra as variações na taxa de câmbio das diferentes moedas a que se está exposto (como USD, GBP e JPY) face ao euro.

Três meses depois, a decisão revelou-se acertada: a desvalorização do dólar (como previsto) ocorreu, e graças a essa estratégia, as carteiras clientes Golden SGF ficaram protegidas dessa exposição.

Este exemplo mostra que, mesmo num produto baseado em ETFs — instrumentos de natureza passiva —, a gestão ativa, feita com visão a longo prazo e rigor, pode fazer toda a diferença. Os instrumentos podem ser passivos, mas a estratégia por trás é sempre ativa, e é este equilíbrio que a nossa equipa procura encontrar todos os dias.

Quer saber como podemos maximizar o potencial do seu investimento? Fale com a nossa equipa!

O que aprendemos com 72 anos de altos e baixos nos mercados financeiros

O que aprendemos com 72 anos de altos e baixos nos mercados financeiros

Numa altura onde a palavra “incerteza” faz parte do nosso dia a dia, e os investidores ficam com medo pelas suas poupanças, é importante fazer uma reflexão do que tem sido a história dos mercados financeiros, pois só assim conseguiremos ver o panorama a longo prazo.

Ao longo dos últimos 72 anos, os mercados financeiros demonstraram uma extraordinária capacidade de recuperação após períodos de forte contração — ou seja, fases de queda acentuada nos preços dos ativos e desaceleração económica, muitas vezes associadas a recessões ou crises financeiras.

O que aprendemos com 72 anos de altos e baixos nos mercados financeiros

A história diz-nos que, entre 1956 e 2022, ocorreram diversos “bear markets“— períodos em que os mercados acionistas registam quedas prolongadas de 20% ou mais face ao seu pico recente — com quedas que variaram entre 20% e 57%. Estas quedas, embora dramáticas e muitas vezes acompanhadas por recessões económicas, foram invariavelmente seguidas por recuperações. O que impressiona não é apenas a certeza da recuperação, mas a regularidade com que estes ciclos se manifestam – aproximadamente um “bear market” significativo a cada 6-8 anos. Esta cadência previsível oferece aos investidores de longo prazo uma perspetiva valiosa: a volatilidade não é apenas inevitável, mas constitui parte integrante do funcionamento dos mercados.

As desvalorizações mais severas até ao dia de hoje, como as de 2007 (-57%), 2000 (-50%) e 1973 (-49%), levaram entre 4 e 6 anos até que os mercados voltassem aos seus níveis anteriores. Já as quedas mais moderadas (entre os 20% e os 30%, tendem a recuperar em menos de 2 anos. Ou seja, quando maior a queda, por norma maior será tempo necessário para a sua recuperação completa.

Um dado particularmente animador é que, segundo estudos abrangentes, em cerca de 63,6% dos casos históricos, o mercado recuperou completamente em apenas um ano. Este padrão sugere que a resiliência dos mercados é mais robusta do que muitos investidores presumem durante os períodos de volatilidade.

O que aprendemos com 72 anos de altos e baixos nos mercados financeiros

Alguns episódios desafiam os padrões típicos e oferecem lições particulares. A queda de 2020 provocada pela pandemia de COVID-19, por exemplo, destacou-se pela velocidade tanto da contração (-35% em apenas 33 dias), quanto da recuperação (161 dias até novo máximo histórico). Este episódio demonstra como as intervenções coordenadas de bancos centrais e governos podem alterar significativamente a dinâmica tradicional dos ciclos de mercado. Igualmente notável foi a recuperação de 1980, que apesar de uma queda de 27%, restabeleceu o valor máximo em apenas 84 dias.

Estes exemplos reforçam a importância de ter cautela ao usar médias históricas para casos específicos, mas não anulam a tendência geral de recuperação dos mercados após quedas.

O que aprendemos com 72 anos de altos e baixos nos mercados financeiros

A compreensão destes ciclos económicos históricos oferece orientações valiosas para os investidores, tais como:

1. Reforça o princípio fundamental de que o investimento de longo prazo transcende os ciclos de mercado;

2. Sugere que os períodos de queda significativa, em vez de serem visto como momentos de ansiedade, devem ser olhados frequentemente como oportunidades de investimento em ativos a valores mais baixos;

3. A variabilidade nos tempos de recuperação sublinha a importância da diversificação adequada e do ajuste do horizonte de investimento às necessidades de liquidez;

4. O retorno médio de 15,5% no ano seguinte ao término de uma recessão indica que os investidores que permanecem investidos durante períodos difíceis são frequentemente recompensados pela sua perseverança.

No fundo, ao contrário do que muitos investidores acreditam, o segredo para atuar nos mercados financeiros, não está em tentar prever o momento certo das quedas ou recuperações, mas em construir uma estratégia bem estruturada que tenha em conta os seus ciclos económicos.

Qual o impacto das novas tarifas de Donald Trump nos mercados

Qual o impacto das novas tarifas de Donald Trump nos mercados?

A última semana tem girado à volta na nova implementação de tarifas a nível global realizada por Donald Trump, e nem uma ilha isolada sem habitantes nativos ficou impune.

Brincadeiras à parte, este movimento tem trazido alguma instabilidade prevendo-se até que o mercado acionista venha a cair em “Bear Market” (segundo o jornal ECO). Esta volatilidade tem causado movimentos de preocupação e ansiedade aos investidores, disso não há dúvida, mas será que ficamos por aqui?

Qual o impacto das novas tarifas de Donald Trump nos mercados

O que se está a passar?

Esta nova imposição de tarifas comerciais pela administração de Donald Trump trouxe uma mudança significativa na política comercial norte-americana e no seu posicionamento estratégico. No entanto, numa altura onde tudo parece estar “perdido” é importante contextualizar estas medidas e compreender a resposta dos mercados.

No dia 5 de abril entrou em vigor uma tarifa base de 10% que incide sobre praticamente todas as importações para os EUA, enquanto as chamadas “tarifas recíprocas”. Já as tarifas específicas para cada país, que também foram anunciadas por Donald Trump entraram em vigor esta quarta-feira, dia 9 de abril.

Uma coisa que muitas pessoas não se apercebem é que o timing escolhido não é acidental: a Casa Branca estabeleceu deliberadamente este período de 4 dias adicionais até à entrada em vigor das tarifas recíprocas, como uma janela de negociação, dando aos parceiros comerciais a oportunidade para implementar “medidas corretivas” que alinhem as suas práticas com os interesses económicos norte americanos. Esta abordagem segue claramente o “playbook” negocial característico de Trump, onde o anúncio de medidas drásticas serve como alavanca para futuras negociações bilaterais.

Qual o impacto das novas tarifas de Donald Trump nos mercados

Qual foi o impacto nos mercados?

A maioria dos investidores estão a atravessar uma fase de preocupação, uma vez que a reação inicial dos mercados foi naturalmente negativa. As consequências destas medidas e a sua dimensão, acabou por se revelar muito mais impactante do que a maioria esperava.

É inegável que estamos perante uma mudança de paradigma: caminhamos para um modelo económico onde as decisões administrativas exercem maior influência sobre os preços do que os tradicionais mecanismos de mercado. A volatilidade torna-se, assim, a nossa nova certeza.

Mas, nem tudo são más notícias. O cenário caótico nos mercados nos últimos dias também confere à Reserva Federal americana a flexibilidade necessária para reduzir as taxas de juro. Uma medida prevista caso a economia global comece a mostrar sinais de abrandamento – que é também um dos objetivos (embora não assumido) da administração Trump. Se notarmos bem, as expectativas do mercado já tiveram um pequeno ajuste ao longo desta semana, apontando agora para quase quatro cortes nas taxas diretoras durante o ano de 2025.

O que significa isto para os investidores?

Apesar das incertezas, existem razões para manter a calma. As tarifas podem levar a um aumento dos preços, mas esse efeito pode ser pontual e não causar uma inflação estrutural e duradoura. Tudo depende da reação dos países/blocos afetados – especialmente China e União Europeia – que permanece uma incógnita, podendo variar entre retaliações e negociações.

A 9 de abril, Donald Trump anunciou a suspensão das tarifas recíprocas por 90 dias (excluindo a China), o que levou a uma reação positiva nos mercados financeiros após dias de quedas…

Num cenário de incertezas e potenciais oscilações de mercado, a principal recomendação para os investidores mantém-se inalterada: disciplina e foco na estratégia de longo prazo. Os períodos de volatilidade fazem dos ciclos de mercado e, com diversificação adequada e paciência estratégica, estes podem transformar-se em oportunidades para investidores informados.