É o momento ideal para fazer contas aos benefícios fiscais de que pode vir a usufruir em 2024.
Deduções à coleta
A coleta de IRS corresponde ao valor do imposto apurado após a aplicação das taxas do IRS ao rendimento coletável de um determinado contribuinte.
As deduções à coleta são abatimentos cuja finalidade é reduzir o imposto a liquidar ajustando o valor do imposto à sua situação familiar.
As deduções à coleta incluem, entre outras rubricas, as despesas de saúde e com seguros de saúde, as despesas de educação e formação, os encargos com imóveis e com lares, as importâncias respeitantes a pensões de alimentos, algumas despesas gerais familiares e os benefícios fiscais.
O valor total das deduções à coleta não pode exceder o limite estabelecido em função do respetivo escalão de rendimento coletável, sendo o mesmo calculado de acordo com a tabela abaixo. Tratando-se de sujeitos passivos casados e não separados judicialmente de pessoas e bens ou unidos de facto, nos casos em que haja opção pela tributação conjunta deverá ser considerado a soma dos rendimentos coletáveis de ambos dividido por dois.
Tabela 1 – Limite atual das deduções
Escalão de Rendimento Coletável
Limite das
deduções
Majoração
Até 7.703€
Sem limite
–
De mais de 7.703€ até 80.000€
1.000€ + [1.500€ X (80.000€-RC) / 72.297€]
5% por cada dependente ou afilhado civil que não seja sujeito passivo de IRS (agregados com 3 ou mais dependentes)
SUPERIOR A 80.000€
1.000€
5% por cada dependente ou afilhado civil que não seja sujeito passivo de IRS (agregados com 3 ou mais dependentes)
RC – Rendimento Coletável
Não quer fazer as contas, mas gostaria de ter uma ideia do limite das deduções à coleta que se aplica ao seu caso particular?
Consulte a tabela 2.
Tabela 2 – Exemplos de limites das deduções por escalões de rendimento coletável
Rendimento coletável
Limite das deduções(Sem majoração)
Entre 7.703€ e 15.000€
Entre 2.500,00€ e 2.348,60€
Entre 20.000€ e 25.000€
Entre 2.244,86€ e 2.141,13€
Entre 30.000€ e 35.000€
Entre 2.037,39€ e 1.933,65€
Entre 40.000€ e 45.000€
Entre 1.829,91€ e 1.726,17€
Entre 50.000€ e 55.000€
Entre 1.622,43€ e 1.518,69€
Entre 60.000€ e 65.000€
Entre 1.414,95€ e 1.311,22€
Entre 70.000€ e 75.000€
Entre 1.207,48€ e 1.103,74€
acima de 80.000€
1.000€
Sugerimos que consulte no e-fatura os valores de deduções já registados em cada rubrica e estime dos respetivos montantes anuais. Não se esqueça que cada rubrica tem de respeitar os seus próprios limites legais.
Tratando-se de um agregado
familiar e opção por tributação conjunta, os limites acima aplicam-se ao total
das deduções à coleta do agregado familiar dividido por dois.
Certamente, o valor
estimado das deduções à coleta ficou aquém do limite previsto.
Nessa situação, para beneficiar
da dedução máxima, poderá utilizar os benefícios fiscais disponíveis. Como? Através
do investimento num Fundo de Pensões ou num PPR.
De acordo com legislação em vigor, são dedutíveis à coleta de IRS, 20% dos valores aplicados no respetivo ano, por sujeito passivo não casado, ou por cada um dos cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens, com os seguintes limites de dedução à coleta:
Tabela 3 – Benefícios Fiscais
Idade
Investimento para obtenção do Benefício Máximo
Benefício Fiscal Máximo
< 35 anos
2,000.00 €
400.00 €
Entre 35 e 50 anos
1,750.00 €
350.00 €
> 50 anos
1,500.00 €
300.00 €
Como otimizar a tributação em IRS já em 2024?
A. Comece por apurar o limite das deduções que se aplica ao seu caso particular (Tabela 1 e 2). B. Consulte no e-fatura os valores de deduções já registados em cada rubrica e estime dos respetivos montantes anuais (não esquecendo limites de cada rubrica). C. Calcule o valor de deduções disponível: A – B. D. Faça um investimento num Fundo de Pensões ou num PPR (no valor de 5 x (A-B)), usufrua dos respetivos benefícios fiscais e beneficie da dedução máxima no cálculo do seu IRS.
Não perca a oportunidade de assegurar o seu benefício fiscal de 2024!
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Juros Simples vs. Juros Compostos: Compreender as Diferenças
Quando se trata
de questões financeiras, é fundamental entender a diferença entre juros simples
e juros compostos. Ambos são conceitos essenciais no mundo dos investimentos, empréstimos
e gestão de patrimónios. Neste artigo, iremos explorar as características
distintas dos dois tipos de juros e como estes afetam os seus investimentos e
dívidas.
Juros Simples: A Linearidade no Crescimento
Os juros simples
são mais fáceis de compreender no que diz respeito ao seu funcionamento. Neste
tipo de juro, os rendimentos são calculados apenas com base no valor inicial,
chamado também de principal, de um investimento ou empréstimo. O valor dos
juros permanece constante ao longo do tempo, sem ser incorporado ao montante
principal.
A fórmula para
calcular os juros simples é a seguinte:
Juros Simples =
Principal x Taxa de Juros x Tempo
Onde:
• Principal é o valor inicial do investimento ou empréstimo.
• Taxa de Juros é a taxa percentual aplicada ao principal para calcular os juros.
• Tempo é o período (em anos ou fração de anos) durante o qual os juros são calculados.
O principal
destaque do juro simples é que resulta em um crescimento linear. Os juros são
calculados somente com base no valor original, o que significa que, a cada
período, o montante acrescido permanece constante. Esse tipo de juro é mais
comum em empréstimos de curto prazo e em situações financeiras relativamente
simples.
Juros Compostos: Potenciando o Crescimento ao Longo do
Tempo
Os juros
compostos são conhecidos pela sua natureza exponencial e são a base de
crescimento da maioria dos investimentos. Ao contrário dos juros simples, os
juros compostos incorporam os rendimentos ao montante principal, resultando em
um novo valor para o próximo cálculo de juros.
A fórmula para
calcular os juros compostos é a seguinte:
Montante =
Principal x (1 + Taxa de Juros)^(Tempo)
Os juros
compostos oferecem o potencial de crescimento mais significativo ao longo do
tempo. A cada período, o montante total aumenta, incluindo os juros acumulados
até o momento. Isso resulta numa espécie de “bola de neve”, onde o
valor dos juros cresce exponencialmente e pode acelerar o crescimento do
investimento.
Esse tipo de juro é amplamente utilizado em investimentos financeiros, como contas de poupança, fundos de investimento e outras formas de aplicações financeiras de longo prazo. O poder dos juros compostos permite que os investidores aumentem os seus ganhos ao longo do tempo, desde que o dinheiro permaneça investido e os juros sejam reinvestidos.
Comparando Juros Simples e Juros Compostos
Para compreender
melhor as diferenças entre juros simples e juros compostos, consideremos um
exemplo prático:
Suponha que tenha
um investimento inicial de 10.000 euros com uma taxa de juros de 5% ao ano e
deseje manter esse investimento por 20 anos.
Com Juros Simples: O montante final
após 20 anos seria calculado da seguinte forma:
Juros Simples =
10.000 * 0,05 * 20 = 10.000 euros
Montante Final =
10.000 + 10.000 = 20.000 euros
Com Juros Compostos: O montante final
após 20 anos seria calculado da seguinte forma:
Neste exemplo,
podemos observar que o uso de juros compostos resultou em um montante final
muito maior do que com juros simples. Enquanto com juros simples o montante
final foi de 20.000 euros, com juros compostos o montante final foi de
aproximadamente 26.532,98 euros.
Essa diferença torna-se
ainda mais significativa à medida que o período de investimento aumenta. Os
juros compostos têm o potencial de multiplicar os seus ganhos ao longo do
tempo, tornando-se uma opção mais vantajosa para investimentos de longo prazo.
Conclusão
Compreender as
diferenças entre juros simples e juros compostos é fundamental para tomar
decisões financeiras mais informadas. Os juros compostos oferecem uma forma
poderosa de crescimento ao longo do tempo, impulsionando os seus investimentos
e permitindo que alcance maiores ganhos a longo prazo.
Ter em mente estas diferenças permitirá tomar decisões mais acertadas em relação aos seus investimentos e empréstimos.
Parafraseando o investidor lendário Warren Buffett, “Os juros compostos são a oitava maravilha do mundo. Aqueles que entendem o seu funcionamento, recebem. Aqueles que não entendem, pagam”. Esta citação destaca a importância dos juros compostos no mundo dos investimentos e enfatiza como o conhecimento sobre eles pode fazer toda a diferença no crescimento do seu património ao longo do tempo.